AMG inaugura planta de concentração de espodumênio, primeira etapa do Projeto Lítio

Capacidade da unidade é de 90 mil t/ano e sua duplicação já está programada

Por Conexão Mineral 11/05/2018 - 13:25 hs
Foto: Design Produções/AMG
AMG inaugura planta de concentração de espodumênio, primeira etapa do Projeto Lítio
Investimento de cerca de R$ 20 milhões permitiram criar uma nova rota de processamento mineral

A AMG Mineração - considerada a maior produtora certificada de concentrados minerais de tântalo no mundo - está apostando em uma produção anual de 90 mil toneladas de concentrado de Espodumênio para diversificar ainda mais o seu portfólio de produtos. O mineral apresenta em sua composição química o Lítio, que é de alta relevância para a indústria de baterias de celulares, notebooks, tablets etc. Esse metal também é altamente demandado na fabricação de automóveis elétricos, que substituirão num futuro próximo a frota de veículos movidos a combustíveis fósseis convencionais. Para essa empreitada, a empresa vai inaugurar oficialmente, no dia 15 de maio, terça-feira, as operações da Planta de Concentração de Espodumênio, primeira etapa do ambicioso Projeto Lítio da AMG no Brasil.

Com suas pesquisas e investimentos iniciados em 2010, o projeto para concepção da planta visou o aproveitamento do mineral Espodumênio presente no rejeito da produção de concentrado de Tântalo. “Essa é nossa diretriz buscar alternativas viáveis para maximizar o nosso recurso mineral e, consequentemente, reduzir a geração de resíduos”, explica o presidente da AMG Mineração no Brasil, Fabiano Costa. Para a idealização do projeto, investimos de cerca de R$20 milhões em pesquisa e desenvolvimento de uma rota de processamento mineral inovadora e capaz de recuperar o mineral de Lítio do rejeito da produção do Tântalo.

Segundo a mineradora, o fluxo do beneficiamento na planta foi revisado e validado por consultores de renome mundial e a engenharia do projeto foi concebida por uma empresa de alta reputação internacional no ramo, para reduzir os riscos inerentes à implantação. “A diversificação do nosso portfólio garantirá uma operação altamente eficiente sob a perspectiva de custo e produtividade, o que contribuirá de forma determinante na sustentabilidade do nosso negócio aqui no Brasil”, informa Costa.

Ao longo dos últimos oito anos, a primeira fase do Projeto Lítio, que prevê um faturamento adicional de até R$ 350 milhões para a empresa, mobilizou cerca de 40 empresas terceirizadas e mais de dois mil profissionais diretos e indiretos que atuaram nas fases de pesquisa e desenvolvimento, engenharia, construção e comissionamento. A implantação da unidade industrial também tem um compromisso econômico e social muito estratégico para o mercado da mineração e para a região de Nazareno. “Com a planta, novos postos de trabalho foram gerados, as comunidades do entorno da unidade industrial contarão com mais possiblidades de desenvolvimento e, além disto, os munícipios envolvidos e a União ampliarão a sua arrecadação”, acrescenta o executivo.

Mas os planos da AMG Mineração em relação à produção do concentrado de Espodumênio não ficarão restritos à primeira fase do projeto. Diante da alta demanda pelo metal lítio no mundo, a empresa está desenvolvendo uma nova etapa que contempla a construção de uma segunda planta, que vai expandir a produção para 180 mil toneladas de concentrado a partir de 2020. Essa próxima etapa da empreitada inclui não apenas uma nova planta de concentração, mas também a expansão e a modernização de toda atual infraestrutura da empresa, o que vai elevar a capacidade produtiva de Tântalo. Além disso, a companhia está prevendo o desenvolvimento de uma planta química para produção de Carbonato e/ou Hidróxido de Lítio de forma a agregar valor ao seu produto, além de reduzir custos de logística. Para a duplicação da Planta de Espodumênio, a AMG Mineração estará investindo cerca de R$ 500 milhões e prevê um faturamento adicional de R$ 450 milhões. “Esse projeto, já em sua primeira fase, que é a implementação da primeira planta de concentração de espodumênio, coloca a empresa como a maior produtora de lítio do país. O mercado também ganhará com o nosso fortalecimento produtivo, já que o nosso objetivo é sermos uma empresa de lítio e tântalo que oferece produtos com custos mais competitivos”, afirma o presidente da AMG. 

Com operações no Brasil desde 1945, a AMG Mineração conta com a mina Volta Grande, localizada em Nazareno, e com uma unidade fabril em São João Del Rei, ambas em Minas Gerais.  Atualmente, produz 320 mil libras de concentrado de Tântalo, 200 toneladas de estanho em lingotes, 200.000 toneladas de feldspato ou CKS.

Segundo a mineradora, todas as operações na planta são realizadas a partir de processos e procedimentos ambientalmente sustentáveis, como a recirculação da água e o reaproveitamento de resíduos. “Nos esmeramos em aplicar no nosso dia-a-dia, requisitos e valores que consideramos imprescindíveis para a prática da mineração na atualidade, como por exemplo, segurança, respeito mútuo, transparência, foco nos melhores resultados e inovação”, acrescenta o executivo.